Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que haverá sérias consequências militares e políticas caso os países decidam fazer parte da Otan.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou à Finlândia e à Suécia nesta sexta-feira, 25, que haverá “sérias repercussões militares e políticas” se os países tentarem fazer parte da OTAN.
A política de não-aliança militar do governo finlandês é um fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no norte da Europa. Ao mesmo tempo, não podemos deixar de notar os esforços direcionados da Otan e de outros membros desta aliança para envolver a Finlândia e a Suécia nesta aliança”, disse Zakharova em coletiva de imprensa em Moscou.
A afirmação foi feita depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez publicações em suas redes sociais agradecendo o apoio fornecido pelos dois países e citou a construção de uma coalizão Anti-Putin.
“A Suécia fornece assistência militar, técnica e humanitária à Ucrânia. Grato à primeira-ministra sueca por seu apoio efetivo. Construindo juntos uma coalizão anti-Putin”, diz a publicação.
As contas do Twitter do presidente da Finlândia e da primeira-ministra da Suécia condenaram a invasão russa à Ucrânia na última quinta-feira e pediram por uma resposta mais firme por parte dos líderes europeus.
Também na quinta, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse valorizar a estreita parceria com os dois países, mesmo que não façam parte da aliança.
“Esta é uma questão de autodeterminação e o direito soberano de escolher seu próprio caminho e, potencialmente, no futuro, também solicitar a adesão à Otan”, disse.
FONTE: VEJA.ABRIL