Com déficit de R$ 41 bilhões, as contas públicas do governo federal encerraram o mês de fevereiro com o pior resultado para o período em toda a série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997. As informações foram divulgadas na quinta-feira 30.
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$26,5 bilhões em fevereiro, ante superávit de R$3,5 bilhões no mesmo mês de 2022. No Governo Central houve déficit de R$39,2 bilhões, e nos governos regionais e empresas estatais, superávits respectivos de R$11,8 bilhões e R$938 milhões. Em últimos doze meses, até fevereiro, o setor público consolidado obteve superávit de R$93,2 bilhões, equivalente a 0,93% do PIB, e 0,31 p.p. inferior ao superávit acumulado até janeiro.
O montante dos juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somou R$64,2 bilhões em fevereiro de 2023, comparados a R$26,0 em fevereiro de 2022. Contribuiu para esse aumento o resultado das operações de swap cambial (ganho de R$28,4 bilhões em fevereiro de 2022 e perda de R$4,6 bilhões em fevereiro de 2023). No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$659,1 bilhões (6,54% do PIB) em fevereiro de 2023, comparativamente a R$422,5 bilhões (4,70% do PIB) nos doze meses até fevereiro de 2022.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$90,6 bilhões em fevereiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$565,9 bilhões (5,62% do PIB), elevando-se 0,64 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado até janeiro.
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O que é déficit orçamentário do governo?
O déficit orçamentário do governo, conhecido também como déficit público, é o resultado da avaliação de determinado período quando os gastos do governo superam a sua arrecadação.
Por gastar mais do que se recebe, evidentemente, há uma contribuição para o aumento da dívida pública. Logo, o extremo oposto ao déficit orçamentário, a situação onde as arrecadações são maiores do que os gastos do governo, é conhecido como superávit.
Fonte: Banco Central