A Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) elegeu a Albânia, Brasil, Gabão, Gana e os Emirados Árabes Unidos para o Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta sexta-feira (11) para um mandato de dois anos a partir de 1º de janeiro de 2022.
Todos os cinco países concorreram sem oposição a uma vaga no órgão de 15 membros, encarregado de manter a paz e a segurança internacionais. Eles substituirão Estônia, Níger, São Vicente e Granadinas, Tunísia e Vietnã.
Para garantir a representação geográfica, os assentos são atribuídos a grupos regionais. Mas mesmo que os candidatos estejam concorrendo sem oposição em seu grupo, eles ainda precisam ganhar o apoio de mais de dois terços da Assembleia Geral da ONU.
Gana recebeu 185 votos, Gabão, 183 votos, Emirados Árabes, 179 votos, Albânia, 175 votos e Brasil, 181 votos.
O Brasil volta à cadeira após dez anos longe do conselho. Será o 11º mandato do país, o que o torna um dos mais frequentes ocupantes das cadeiras rotativas, ao lado do Japão.
O Conselho de Segurança é o único órgão da ONU que pode tomar decisões juridicamente vinculativas, como impor sanções e autorizar o uso da força. Tem cinco membros permanentes com poder de veto: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e Rússia.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que o país “tentará traduzir em contribuições tangíveis a defesa da paz e da solução pacífica das controvérsias”, além de “fortalecer as missões de paz da ONU e defender os mandatos que corroborem a interdependência entre segurança e desenvolvimento”.
Para a pasta, a eleição “reflete o reconhecimento da histórica contribuição brasileira para a paz e a segurança internacionais”.
Leia a nota na íntegra:
O Brasil ocupará, no biênio 2022-2023, assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). Será a 11ª vez que o País integrará o mais importante órgão responsável pela segurança coletiva internacional.
Nas eleições ocorridas hoje, em Nova York, durante a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o Brasil recebeu 181 votos. O resultado reflete o reconhecimento da histórica contribuição brasileira para a paz e a segurança internacionais.
No Conselho de Segurança, o Brasil buscará traduzir em contribuições tangíveis a defesa da paz e da solução pacífica das controvérsias, dentre outros princípios inscritos na Constituição Federal de 1988 e na Carta das Nações Unidas. O País pretende, ainda, fortalecer as missões de paz da ONU e defender os mandatos que corroborem a interdependência entre segurança e desenvolvimento.
O Brasil estará em posição privilegiada para atestar seu compromisso com a reforma do CSNU, para resguardar a legitimidade da atuação das Nações Unidas diante dos múltiplos e complexos desafios enfrentados pela comunidade internacional.
O governo brasileiro aproveita a oportunidade para cumprimentar Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão e Gana, que também foram eleitos na ocasião.
(*Com informações de Núria Saldanha, da CNN em Washington, e da Reuters)
FONTE: CNN BRASIL